Diariamente como músicos nos permitimos varias situações e cada uma delas nos cobra um nível de concentração diferente, o que na grande maioria das vezes e´ fundamental para nossa eficiência.
Sempre que trabalho com bandas grandes, big bands ou em gravações, nas quais sempre e´ exigido boa leitura procuro me concentrar na partitura e me abstrair de ¨estimulos externos¨.
Nessas situações a mínima distração acarreta em errar a entrada dos metais, não fazer o "fill" naquela hora, passar batido no “breque”...
Às vezes as partituras são mal feitas, cheias de ¨garranchos¨, ou são xerox “apagadinhos”. As vezes o copista ou o “sibelius” não registrou a Coda...
Ou seja, inúmeras são as formas de se (f)errar lendo uma partitura!
Sem falar às vezes nas quais nos distraímos com o “movimento” das cantoras, o baixista nos quer falar algo a não conseguimos ouvir e, ao voltar a olhar pra partitura nos perdemos feio!
Concentração quando se lê deveria ser primordial... rsrs
Mas existem situações onde tocamos mais com as emoções e sentidos musicais, em gigs livres, Jam sessions ou em gigs super ensaiadas. mas nessa também há o perigo de se distrair com a facilidade das musicas e dos arranjos quando já executados com “os pés nas costas”!!
Gravações sempre requerem atenção especial, pois nas faixas ficam gravadas todas as nossas imperfeições e vacilos, além e´ claro dos "gols". rsrs
Temos que ter atenção aos outros músicos, ao click, ao nosso retorno de som, ao sequencer e algumas vezes aos nossos próprios instrumentos que por vezes não são realmente os "nossos" e temos que nos adaptar a eles, pacificamente ou não.
O fato e´ que deveríamos dar sempre o maximo de atenção ao trabalho, sem pensar nas contas do dia a dia, nos problemas conjugais ou no pão de amanhã... mas somos humanos..e cheios de problemas e cositas mas...
Quando nos concentramos os resultados são sempre melhores!
3 comentários:
Oi Ramon, gostei do que escreveu!
Salve Ramon...
"O pensamento atrapalha o fluxo"...
Esta foi a frase que li na revista modern drummer do mês de março 2013, e também refleti sobre coisas externas enquanto deveríamos estar totalmente concentrados.
Em minha opinião, nos deparamos com tantas doenças hoje em dia (e di9go doenças psicosomáticas), pois as linhas emocionais somam-se com os afazeres do dia a dia (como você disse), e com os problemas das pessoas com quem temos que conviver, porque precisamos trabalhar e não ficar escolhendo as pessoas que vamos nos relacionar no trabalho.
Assim, ficamos reféns de relacionamentos fantasiosos, pois temos que mostrar que somos agradáveis, bem humorados ou sei lá o que mais.
Minha pergunta é:
Quanto tempo podemos sustentar este personagem que desenvolvemos para conviver com as pessoas que queremos agradar???
Bjo pra você, parabéns pelo blog interativo, e também espero que a cambada comente...
Ricardo Oliveira
OI Ricardo
Acredito que, em se tratando do convívio musical nas(os) GIGS , não devemos pensar na palavra personagem. Acredito que sermos nós mesmos naquele momento é a melhor opção. Nem sempre podemos imprimir todas as nossas vontades e verdades musicais em um trabalhoque não seja o nosso. Nesses trabalhos enquanto músicos arregimentados, acrescentamos idéias, feelings e concepções.Porem se o nosso "contratante" diz: "quero desse jeito pois assim acho melhor! e ponto!", devemos aceitar sua idéia e mesmo depois de tentar mostar-lhe a diferença, aplicar a idéia exigida, da maneira mais musical possível!Mas também acredito que com o tempo as pessoas te chamam não só pela personalidade pessoal mas também pela musical o que nos faz emergir do lado somente acompanhador e também exercer muito mais nossa verdade musical. Personagens são "facetas" que devemos ter quando recrutados para trabalhos como acompanhador e não necessariamente podem ou devem ter um tom de menor importãncia musical , pois também podemos ser nós mesmo musicalmente quando somente acrescentamos e somamos idéias, mesmo que pequenas no contexto do arranjo.Bjão e obrigado pela pergunta.E tá no blog também!!rs
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