terça-feira, 20 de julho de 2010

Altos e baixos


Como em qualquer outra profissão ser músico requer um trabalho psicológico grande de nossa parte.

Temos dias de alta realização pessoal, tocamos bem, somos respeitados e nos sentimos bem tratados e fazendo arte. Em outros não sabemos ao certo quanto ou quando vamos receber, não temos uma produção decente, nos tratam mal, somos desrespeitados e nos sentimos mais um peão na obra.

Nada contra os peões de obra, pois as cidades não cresceriam sem eles, que, aliás, põem muito mais a mão na massa e sabem mais na prática do que muitos engenheiros formados. Mas fazemos música, arte e, sem qualquer tipo de frescura, precisamos de um clima bom pra que a música flua bem.

Nem sempre as coisas fluem bem e temos que enfrentar situações nas quais sentimos vontade de mandar tudo “à merda”!

Porem pensando nas porcentagens de situações à que passamos podemos analisar mais friamente se estamos nos posicionando bem e se devemos tentar uma mudança de atitudes quanto ao nível dos trabalhos a que nos sujeitamos.

Entendo e acredito que em certos trabalhos temos que quase “bater cartão”, entrar, tocar e ir embora, sem muitas “lãmpadas” ou preocupações estéticas, mas nem sempre deve ser assim!

É difícil mas temos que entender que ser músico, por vezes é viver “no varal”, “descer a serra com neblina” e viver vida “no arame”´, com momentos lindos e com injeções de ãnimo mas também com momentos em que nos dá vontade de agir como o personagem de Michael Douglas no filme “Um Dia de Fúria”.

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