segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lançamento cd Sambasó em 2007



Dias atrás estava fuçando numas coisas e achei essa matéria de jornal de Jundiaí quando lancei meu segundo cd. Resolvi postar aqui pra não perder e o jornal se estragar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Relações Cotidianas



Nosso meio é banhado em relações cotidianas de respeito, amizade ou a falta das mesmas. Tais relações coexistem e diariamente se resvalam em diversas situações às quais nos submetemos.
Recentemente passei por uma situação dessas. Eu e outro músico amigo topamos fazer um trabalho de um outro amigo em comum. As condições eram claras : sem cachês, muitos ensaios e uma cobrança natural para um som difícil e que exigia entrosamento.
Ensaiamos, levantamos o show e tocamos por duas ou três vezes. Passado breve um tempo tivemos a singela notícia via internet de que o amigo estaria fazendo uma sequência de shows no Sesc, com cachês garantidos e uma estrutura bem melhor da que eu e esse outro músico enfrentamos um tempo atrás, mas com outros músicos.
Uma atitude básica de bom senso existe em nosso meio: a de quê se comemos o pão amassado juntos e prol de alguém, naturalmente esperamos que quando venha o Filé com Molho Madeira sejamos convidados por esse alguém a dividir também.
Não ponho aqui em questão a liberdade das pessoas escolherem o melhor músico ou pessoa para terem em seus trabalhos, mas a atitude de voltar e retribuir a ajuda não remunerada para a produção do seu trabalho é bastante digna e louvável.
É claro que não assinamos nenhum contrato de exclusividade para nenhuma das partes, mas eu realmente esperava uma atitude diferente, principalmente vindo de um amigo.
É apenas um desabafo mas que pode nos fazer pensar nessas relações de convivência e respeito nesse nosso mundo cão.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Músicos e Técnicos de Som



 Cada vez mais me convenço de que o técnico de som é como  mais um membro da banda. Expressões como “o quinto Beatle” quando se referem ao produtor George Martin, ou coisas do tipo fazem cada vez mais sentido para mim.
Numa banda a função do técnico de som é crucial. Tanto o técnico de monitor como o de PA fazem o som acontecer ou se acabar em pouco tempo.
O técnico pode derrubar seu som ou elevá-lo com muita categoria num simples mover de fades. É ele quem faz a mix do som para plateia e para quem está no palco tocando. Quando estamos tocando e sabemos pedir sua função fica facilitada e mais facilmente chegamos no ponto certo. É claro que isso também depende do equipamento usado e da boa vontade da figura atrás da mesa de som.
Nesse caso o bom senso e o bom relacionamento entre equipe técnica, produção, artista e músicos é fundamental. Devem existir uma boas condições de trabalho e relacionamento para que esse “clima” de respeito, interação  e positividade se estabeleça. Mas uma vez isso acontecendo os resultados serão sempre bons e agradáveis.
No meu modo de ver a “porca toce o rabo” quando vamos para o PA.
Pouco entendo dessa área e espero aprender mais até para poder interagir melhor e saber pedir e analisar meu som claramente, mas definitivamente estamos nas mãos dos técnicos. Eles podem facilmente e talvez por falta de interação com o som da banda ou artista, deixar o som do seu instrumento opaco, sem brilho e e até escondido na massa sonora das grandes caixas em frente ao palco.
Se sua mix for ruim e deixar de “pintar” um instrumento como deveria, o arranjo já fica comprometido. É claro que quase nunca lidamos com ouvintes exigentes ou apreciadores de boa música. Muitas vezes as pessoas estão lá apenas para se divertir e está tudo certo com isso. O fato é que do palco imaginamos o som de um jeito, tocamos imaginando como estará saindo lá na frente. E isso definitivamente fica nas mãos do técnico de som.
Esse fato pode ser minimizado quando o produtor musical não é também um músico na banda ou quando o produtor geral também tem essa noção da sonoridade em questão.
Saber que às vezes somos fantoches nas mãos dos técnicos e que questões musicais são submetidas à postura de alguns profissionais que apenas parecem “bater o cartão” realmente irrita.
Todos temos momentos de “bater cartão” mas o mínimo de interação deve existir.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Inteligência Musical









Um dia desses conversando com meu amigo e grande baixista Serginho Carvalho falamos sobre como é importante ter inteligência musical.
Após este bate papo o termo ficou em minha cabeça e comecei a esboçar mentalmente um novo texto para esta coluna. Não me refiro à inteligência musical como o conceito definido pelo psicólogo americano Howard Garder ,que se refere às pessoas com a facilidade inata de aprender música e tirar proveito dessa se aliada a outras atividades. 
Mas me atenho ao fato de que nós músicos, se quisermos atuar em áreas diferentes da música, com diferentes estilos musicais e linguagens, devemos saber lidar com as situações às quais somos expostos no dia-a-dia, Procurar reconhecer os estilos e linguagens é recomendado se quisermos nos “sair bem” em certas situações. 
Procurar entender o trabalho sob o prisma do respeito e da “hierarquia  natural” das pessoas envolvidas.
O que isso significa?
Respeitar o diretor musical que está a mais tempo que você. Respeitar outros músicos que também estão a mais tempo no trabalho. Respeitar a linguagem requerida. Respeitar o “tempo” do grupo. Saber se nos cabe agulhar a música ou relaxar junto.Respeitar as opiniões dos cantores(as) que em muitas vezes realizam seus sonhos musicais e seu trabalho próprio.
Respeitar as referências musicais sugeridas mesmo que essas sejam antigas ou irrelevantes para você.Saber respeitar o limite musical dos músicos envolvidos e procurar superar os seus quando se ver na linha tênue dos próprios limites.
Saber servir e acrescentar em um trabalho.
Sim, servir!
Somos contatados e contratados muitas vezes para servir e realizar funções musicais pré estabelecidas. Em muitas situações não nos é dado o privilégio de acrescentar no trabalho.
Mas isso é muito bom também. Depende do como você interage com o fato.
Saber servir e realizar tais funções com competência é uma arte e tanto.
Essa inteligência musical é fundamental.

Soundcheck 46


Soundcheck CityBank Hall /SP
(foto de Juninho Costa)
Luiza Possi

segunda-feira, 5 de setembro de 2011