quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Músicos e Técnicos de Som



 Cada vez mais me convenço de que o técnico de som é como  mais um membro da banda. Expressões como “o quinto Beatle” quando se referem ao produtor George Martin, ou coisas do tipo fazem cada vez mais sentido para mim.
Numa banda a função do técnico de som é crucial. Tanto o técnico de monitor como o de PA fazem o som acontecer ou se acabar em pouco tempo.
O técnico pode derrubar seu som ou elevá-lo com muita categoria num simples mover de fades. É ele quem faz a mix do som para plateia e para quem está no palco tocando. Quando estamos tocando e sabemos pedir sua função fica facilitada e mais facilmente chegamos no ponto certo. É claro que isso também depende do equipamento usado e da boa vontade da figura atrás da mesa de som.
Nesse caso o bom senso e o bom relacionamento entre equipe técnica, produção, artista e músicos é fundamental. Devem existir uma boas condições de trabalho e relacionamento para que esse “clima” de respeito, interação  e positividade se estabeleça. Mas uma vez isso acontecendo os resultados serão sempre bons e agradáveis.
No meu modo de ver a “porca toce o rabo” quando vamos para o PA.
Pouco entendo dessa área e espero aprender mais até para poder interagir melhor e saber pedir e analisar meu som claramente, mas definitivamente estamos nas mãos dos técnicos. Eles podem facilmente e talvez por falta de interação com o som da banda ou artista, deixar o som do seu instrumento opaco, sem brilho e e até escondido na massa sonora das grandes caixas em frente ao palco.
Se sua mix for ruim e deixar de “pintar” um instrumento como deveria, o arranjo já fica comprometido. É claro que quase nunca lidamos com ouvintes exigentes ou apreciadores de boa música. Muitas vezes as pessoas estão lá apenas para se divertir e está tudo certo com isso. O fato é que do palco imaginamos o som de um jeito, tocamos imaginando como estará saindo lá na frente. E isso definitivamente fica nas mãos do técnico de som.
Esse fato pode ser minimizado quando o produtor musical não é também um músico na banda ou quando o produtor geral também tem essa noção da sonoridade em questão.
Saber que às vezes somos fantoches nas mãos dos técnicos e que questões musicais são submetidas à postura de alguns profissionais que apenas parecem “bater o cartão” realmente irrita.
Todos temos momentos de “bater cartão” mas o mínimo de interação deve existir.

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