segunda-feira, 18 de março de 2013

Caminhos




Acredito que nem sempre e em todos os trabalhos que fazemos dentre shows, aulas, ensaios, workshops, bandas de cantoras(es), bandas de eventos , casamentos, botecos e afins, estamos 100% com nossa alma e ãnimo.
Isso é fato. É claro que fazemos o que gostamos e viver de música já é um privilégio. Mas isso não impede que às vezes enfrentemos situações nas quais nosso medidor de ãnimo interno está no vermelho.
Outro fato é que com o tempo, se batalharmos e estudarmos para isso conseguiremos elevar o nível geral dos trabalhos e deixar de entrar em algumas roubadas.
Há fases em que buscamos conquistar novos espaços e nichos e naturalmente deixamos as exigências mínimas um pouco de lado e nos atemos à música e às pessoas.
Há fases também em que entramos no piloto automático e que a música divide atenções com o horário de saída da van do hotel ou com o que teremos no camarim para o lanche. Sim! Isso é real!
O ideal seria fazermos sempre e sem sombra de dúvidas, somenteo que gostamos e nos dá prazer! Escolher os trabalhos e só se doar para aqueles que nos despertem muito interesse e nos desafiem de alguma maneira.
Sei que existem músicos que estão nesse estágio. Isso é uma conquista e tanto na carreira. Mas tal estágio requer uma condição financeira adequada e resolvida, o que pode ser um fator de impedimento.
Atualmente não faço única e estritamente o que escolho, acredito e me impulsiona à frente. Mas também não posso reclamar dos trabalhos que conquistei com os anos.
Hoje entendo que devemos ter a sabedoria de mesclar trabalhos com fins meramente financeiros aos que realmente nos agradam e impulsionam musicalmente.
Pois não é nada mal quando chegamos ao fim de um trabalho e dizemos, mesmo que internamente: “Como é bom ser músico!”

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