quarta-feira, 9 de março de 2011

Partituras









Em cada situação a que me exponho em gravações encontro uma situação diferente em termos de partituras. Às vezes encontro aquelas perfeitas, irretocáveis, com tudo certinho, feitas no Sibelius ou programas similares. Com idéias bem claras , “tocáveis” e “baterísticas”.
Mas nem sempre é assim e em muitas, mas muitas das vezes encontro partituras confusas e mal feitas.
Não tenho essa exigência é claro! Mas quando elas vêm bem feitas o trabalho se torna mais fácil e os erros com certeza ocorrem com menor frequência.
Às vezes se peca pela falta de informações , sem barras de repetição, “casas 1” e Codas nos lugares certos. Com compassos a menos, e divisões erradas ou escritas com o auxílio de programas de computador onde se toca  no teclado e esse interpreta e escreve, o que muitas das vezes faz com que as frases ou levadas venham escritas com um excesso de pausas que em nada facilitam a leitura.
Mas também encontro partituras com excesso de informações, com exatamente tudo escrito, nota por nota, ataques, aberturas de chimbal , notas na cúpula do ride , e até buzz notes na caixa.
O único problema é que essas partituras são geralmente escritas pelo arranjador, que quase nunca também é um baterista.  Assim elas vem com levadas que às vezes são intocáveis,  ou com detalhes que as deixam truncadas e pouco fluídas.
Outras vezes essas partituras vêm extremamente carregadas com informações de levada que poderiam ser simplificadas ou apenas exemplificadas no início do trecho e sugeridas como “simile” para os próximos compassos. A partitura carregada pode dificultar a visualização ou deixar sem ênfase um ataque ou “tutti” iimportante naquele momento.
Grandes arranjadores em meu modo de ver escrevem as informações imprescindíveis e deixam espaço para que os músicos dêem suas idéias, fills e feeling pessoal, acrescentando assim ao arranjo e à música.

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