sexta-feira, 30 de março de 2012

Mateus Sartori em S.José dos Campos


Reflita....


sábado, 24 de março de 2012

Calmarias



 Acredito que todas as pessoas têm seus momentos de altos e baixos, intercalados com momentos em que tudo passa de maneira morna ou quase imperceptível.
Se colocássemos em um gráfico nossa taxa de crescimento produtivo teríamos momentos de crescimento rápido e acentuado e outros em que a curva é bem menos acentuada e até talvez tenhamos momentos de queda e decrescimento em alguns aspectos de nossa existência.
Também acredito que existem ciclos de vida em que crescemos e temos condições diversas para fazê-lo, e em outras nossa vida nos leva a apenas manter e administrar nossos projetos e expectativas. Nessas horas devemos saber faze-lo e se acalmar. Digo isso primeiramente à mim mesmo, sabendo na teoria o que fazer, mas nem sempre agindo dessa maneira.
Avaliar e sugerir diretrizes ao problema alheio é muito mais fácil. Quando a “coisa” é pro nosso lado aí a “porca torce o rabo”!
Por outro lado nos momentos em que acreditamos não crescer na  verdade são fases em que crescemos em outro sentido, de outra maneira, às vezes não praticamente mas espiritualmente e nos relacionamentos em nossa vida.
Sejam eles profissionais ou pessoais, essas “fermatas”(pra não perder o costume da linguagem musical..rs) sempre conspiram para a nossa maturidade. Mesmo que não enxerguemos, nos maus momentos, de aparente estagnação e letargia, aprendemos a dar valor em coisas pequenas ou apenas antes não percebidas.
Resumindo o papo diria que nossa vida não tem que necessariamente estar sempre numa crescente profissional e pessoal. E que às vezes simplesmente não enxergamos nosso crescimento. Ou ainda não entendemos o seu real significado e valor.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Do not Disturb!




Não poucas vezes na vida temos a vontade de , como num hotel, colocar um aviso em nossa porta dizendo:”Não perturbe!”
Há momentos em que preferimos ficar sozinhos, sem palavras, sem ter que falar ou expressar qualquer opinião. O fato de ter que comprimentar alguém às vezes nos irrita e custa alguns minutos de paz.
Tentando transportar isso para nosso cotidiano musical, às vezes nos vemos numa “saia justa” quando somos chamados para fazer algum trabalho ou gravação. Nesse clima inicialmente pensamos:” Ai que chato!Tenho que ouvir esse repertório!”ou “Put……. . vou ter que ir lá, montar os equipos e gravar”.
Porém podemos ser surpreendidos positivamente por trabalhos nos quais não somos bem remunerados, não trazem nenhuma projeção ou, em nossa cabeça irritada não nos trarão sequer algum possível trabalho futuro.
Foi exatamente como me senti quando me chamaram para alguns trabalhos durante esses últimos anos. Quando meu amigo Marcelo Calderazzo me ligou e disse , com sua voz grave, numa manhã à alguns anos : “Ramon, vamos gravar alguns temas instrumentais em SKA?”. Imendiatamente pensei:” Porra, em SKA? Que coisa chata?” Mas pela consideração e sempre um ótimo ralcionamento com esse amigo eu disse sim. Hoje sei que me arrependeria profundamente se tivesse negado o convite.
Gravações com amigos sempre me trazem bons momentos. Seja cantado ou instrumental ajudar um amigo num trabalho novo é sempre gratificante, mesmo que cansativo e não remunerado. E mesmo que só pensemos desse modo de depois de ver o trabalho feito, ou o cd lançado, digo que ainda vale a pena estar no palco, no estúdio ou em algum ensaio com um amigo e, se a música for boa, melhor ainda.
Devemos nos lembrar também que, nessa nossa “ vida no arame”,  que por mais organizados, controlados e requisitados que sejamos, uma hora podemos estar numa maré baixa esse amigo pode nos “salvar”. Sabe aquele ditado que fala de uma mão lavando a outra? Sim, realmente isso pode acontecer. E acontece.
Portanto pense antes de colocar esse aviso em sua “porta”. Talvez seja melhor colocar o outro: “Por favor, arrume meu quarto”.